sexta-feira, 28 de junho de 2013

O SENTIDO DA PALAVRA ACOLHIMENTO



Primeiramente, deve-se entender que o termo “acolhedor” possui diferentes conotações, de acordo com o idioma para o qual é traduzido. Por isso, Micheline pediu ao Senhor que lhe indicasse a melhor forma de explicar o sentido da palavra “acolhimento”.
O Senhor lhe respondeu que ela desse como exemplo o tipo de acolhimento e de amor que um pai e uma mãe têm por seus filhos durante toda a vida, proporcionando-lhes o necessário para que cresçam, tornem-se independentes e sejam felizes, nos planos material e espiritual.
Essa é maneira com que o Senhor acolhe e ama cada um de seus filhos que fazem parte da missão de seu Coração Acolhedor, concedendo-lhes as graças necessárias para que cheguem ao Pai, pois um pai nunca abandona seus filhos por sua própria.
A cada provação a ser atravessada, o Pai Celestial coloca à disposição de seus filhos um excedente de bênçãos, pois deseja que se voltem para ele. Tudo faz para que não se percam, como um bom pai e uma boa mãe que não permanecem indiferentes diante das tribulações vividas por seus filhos, mas que se utilizam de todos os meios possíveis para reconfortá-los, mesmo diante de grande decepção. Para aqueles que padecem imensamente por causa de seus pais, Deus diz:

“Pode uma mulher esquecer-se daquele que amamenta?
Não ter ternura pelo fruto de suas entranhas?
E mesmo que ela o esquecesse,
Eu não te esqueceria nunca.
Eis que estás gravada nas palmas de minhas mãos.”
 
(Is, 49, 15-16)
O Senhor ama e zela por cada um de seus filhos, de uma maneira única e pessoal. Tanto para os pais e as mães do mundo inteiro como também para ele, cada um de seus filhos é o mais belo de todos. Ao retornar à casa de seu pai, o filho pródigo recebeu amor e acolhimento (Cf. Lc 15,11-31); igualmente, não se deve esquecer de que Deus Pai é Todo-Poderoso e conhece a história de nossas vidas melhor do que nós mesmos e, ao cuidar de cada um de nós, seu acolhimento e amor são incondicionais e gratuitos.
“...e vós, que eu carreguei desde vosso nascimento,
e sustentei desde o seio materno:
permanecerei o mesmo até vossa velhice,
sustentar-vos-ei até o tempo dos cabelos brancos;
eu vos carregarei como já carreguei,
cuidarei de vós e preservar-vos-ei.” 
(Is 46, 3-4)
[...]
Não se deve jamais esquecer de que a missão do Coração Acolhedor é uma missão eucarística, para a qual o Senhor escolheu uma mãe de família, Micheline Boisvert, do Canadá, a quem ele curou, através do milagre, da esclerose múltipla, para que ela se unisse à sua Eucaristia e a fez passar pelos martírios de sua Agonia e de sua Paixão, e, dessa forma, purificou sua alma. Jesus nos disse: “...assim também aquele que comer a minha carne, viverá por mim.” (João 6,57)
Assim, aquele que comunga habita em Jesus e Jesus habita nele. Essa não é, apenas, uma união afetiva, mas é, também, uma verdadeira e real união. Não se deve esquecer de que a Eucaristia recebida nos leva a permanecer na graça de Deus.

Fonte: Coração Acolher de Jesus
Emanuelle Santos
Ministra do Acolhimento 

terça-feira, 18 de junho de 2013

ACOLHER A VISITA DE DEUS



É a garantia da posse do coração do próprio Deus

O que fazemos quando esperamos uma visita?
Primeiramente, limpamos e arrumamos a casa, deixamos tudo organizado com um ambiente agradável para acolhermos, assim, a visita que estamos aguardando. Quando a visita chega, tudo se dá conforme planejamos.

E quando recebemos uma visita inesperada?
De repente, toca a campainha e, para a nossa surpresa, nos deparamos com aquela visita que não esperávamos; naquele dia, naquela hora, naquele momento... e por não estarmos esperando, logo não nos preparamos e nos surpreendemos. A casa não está tão arrumada, tão organizada, porém não podemos apenas fechar a porta e mandarmos a visita embora.
Assim, muitas vezes, Deus faz conosco, nos visita e nos surpreende. Muitas vezes, essa visita vem através de uma notícia não muito agradável, através de um sofrimento, de uma dor e quase sempre a casa – que somos nós – não esperava tal visita, não está arrumada ou organizada para tal recepção. E aí ficamos sem saber o que fazer, para onde ir. Diante disso, precisamos deixar nosso coração sempre arrumado. “Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora há de vir o vosso Senhor.” (Mt 24, 42).

O que fazer ao recebermos essa visita de Deus?
Temos duas opções: A primeira se refere a não aceitação, a nos revoltarmos, brigarmos com Deus e a não acolhermos essa visita, permanecendo no sofrimento, na dor. Com essa decisão, atamos as mãos de Deus, nos fechamos em nós mesmos, olhamos somente para nós e os nossos problemas e desviamos o olhar de um Deus que tudo pode e que tem o controle de todas as coisas, e permanecemos no sofrimento.
A segunda opção se refere a, mesmo sem esperarmos, acolhermos e, mesmo em meio à dor, ao sofrimento, termos um coração aberto, capaz de se submeter a essa visita que, nada mais é que a vontade de Deus se realizando em nossa vida, momento a momento.
Ter um coração aberto à vontade de Deus, um coração submisso e acolhedor, nos permite viver bem cada momento, independente dos nossos sentimentos, tudo depende da nossa decisão.
Quando decidimos nos submeter, por mais dolorido que seja, estamos acolhendo o próprio Deus e dando a Ele, oportunidade de se fazer Senhor da nossa vida, Senhor das situações que humanamente não temos como, não sabemos e nem podemos resolver. Acolher essa visita significa dar abertura para a ação de Deus em nós, em nossa vida e em cada situação que essa visita nos proporciona.
O segredo está em submeter-se! E submeter-se com alegria! Um coração alegre exorciza o mal.

"Quando uma alma aprende a cumprir a vontade de Deus, torna-se senhora do coração do próprio Deus, porque o Senhor não sabe dizer "não", aos que lhe dizem "sim"".
(Beata Jacinta Marto)


Acolher a visita de Deus sem questionar, apenas submetendo-se, com alegria, garante a posse do coração do próprio Deus.

Como você tem preparado seu coração para receber Jesus? Você se prepara diariamente ou está deixando a graça passar sem experimentá-la?



Texto adaptado-
Fonte: Ana Paula Meneses
– Com. Canção Nova

 
Denise Barbosa
Ministra do Acolhimento

quinta-feira, 13 de junho de 2013

AS TRÊS PENEIRAS



"Um homem foi ao encontro de Sócrates levando ao filósofo uma informação que julgava de seu interesse:

- Quero contar-te uma coisa a respeito de um amigo teu!

- Espera um momento – disse Sócrates – Antes de contar-me, quero saber se fizeste passar essa informação pelas três peneiras.

- Três peneiras? Que queres dizer?

- Vamos peneirar aquilo que quer me dizer. Devemos sempre usar as três peneiras. Se não as conheces, presta bem atenção. A primeira é a peneira da VERDADE. Tens certeza de que isso que queres dizer-me é verdade?

- Bem, foi o que ouvi outros contarem. Não sei exatamente se é verdade.

- A segunda peneira é a da BONDADE. Com certeza, deves ter passado a informação pela peneira da bondade. Ou não?

Envergonhado, o homem respondeu:

- Devo confessar que não.

- A terceira peneira é a da UTILIDADE. Pensaste bem se é útil o que vieste falar a respeito do meu amigo?

- Útil? Na verdade, não.

Então, disse-lhe o sábio, - se o que queres contar-me não é verdadeiro, nem bom, nem útil, então é melhor que o guardes apenas para ti."
 



Nas nossas vidas devemos sempre fazer uso das três peneiras para que vivamos bem. Jesus na sua passagem aqui na terra utilizou as 3 peneiras, tudo aquilo que ele dizia ou proclamava as pessoas ele sempre verificava se eram verdades, bondades e úteis.

Pense bem se não seria melhor se todos nós, nas nossas vidas, fizéssemos esses julgamentos antes de falarmos algo. Poucas brigas, diminuir-se-iam as guerras, as mortes. Todo aquele que escolhe o caminho de Deus por consequência escolhe também o caminho da verdade, da bondade e do ser útil.   


Elton Monteiro
Ministro do Acolhimento