sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

O PAI MISERICORDIOSO E O FILHO PRÓDIGO

“Este meu filho estava morto, e reviveu;
tinha se perdido, e foi achado.

Quantas vezes em nossa vida nos encontramos perdidos em meio a tantas dificuldades? Em meio a tantas controvérsias? Em meio a nossas misérias? Quantas vezes estivemos mortos diante do nosso pecado? Quantas vezes estávamos caídos sem conseguir erguer-se?

Quantas vezes o Senhor te procurou? Quantas vezes você deixou Deus te encontrar? Quantas vezes o Senhor te deu a chance de uma nova vida?

Convém dizer que o Senhor não te amará mais do que está te amando agora. E que a Sua misericórdia nunca deixará de agir em sua vida. Portanto, amado, busque encontrar sempre o Senhor, permitindo a ação Dele em sua vida para que comemoremos todos juntos no Céu, e aqui na terra, a alegria de ser de Cristo.

O FILHO PRÓDIGO

Convido-vos a pegar a Bíblia na passagem do Filho Pródigo, em Lucas 15. Peço que leiam toda a passagem, do versículo 1 ao 32.
Logo no primeiro versículo diz que os publicanos e pecadores se aproximavam de Jesus para ouvi-Lo. Olha só, quantas vezes nós precisamos nos aproximar de Jesus para escutar o que Ele tem para nos dizer? Percebam que Jesus não mandava embora os pecadores, mas os acolhia.

Depois, Jesus começa falando sobre a ovelha que se perdeu. Quem é esta ovelha que se perdeu ou ainda está perdida? Vejam quanto amor tem este Pastor que faz festa porque apenas UMA se perdeu, entre NOVENTA E NOVE. E nesse caminho em que a pequena ovelhinha, frágil, se perdeu, ela deve ter encontrado tantos buracos, não é?! Que, talvez, levou-a a mancar, a cair e tentar levantar. E o que o Pastor faz? A carrega nos ombros. É assim que o Senhor faz muitas vezes conosco, Amor inexplicável!

Segue então a parábola do filho pródigo, o Pai cheio de misericórdia, que não olhou para a imundice do seu filho ao retornar para casa. E se fossemos nós? Certamente mandaríamos o filho voltar para o lugar que veio, a fim de conseguir tudo o que havia gastado. Talvez agiríamos com orgulho, raiva, talvez até com vingança. Mas não, o Pai age com misericórdia; age com amor. Ainda observando a coragem do filho de assumir o pecado, assumir que errou, podemos comparar a nossa pequenez e fragilidade. Unindo, assim, a reconciliação do Pai e do filho, que num abraço imensamente acolhedor, deixou cair todo o pecado que havia separado os dois. Deixaram simplesmente amar-se. Acolher-se.

O dinamismo da conversão e da penitência foi maravilhosamente descrito por Jesus na parábola do "filho pródigo", cujo centro é "O pai misericordioso": o fascínio de uma liberdade ilusória, o abandono da casa paterna; a extrema miséria em que se encontra o filho depois de esbanjar sua fortuna; a profunda humilhação de ver-se obrigado a cuidar dos porcos e, pior ainda, de querer matar a fome com a sua ração; a reflexão sobre os bens perdidos; o arrependimento e a decisão de declarar-se culpado diante do pai; o caminho de volta; o generoso acolhimento da parte do pai; a alegria do pai: tudo isso são traços específicos do processo de conversão. A bela túnica, o anel e o banquete da festa são símbolos desta nova vida, pura, digna, cheia de alegria, que é a vida do homem que volta a Deus e ao seio de sua família, que é a Igreja. Só o coração de Cristo que conhece as profundezas do amor do Pai pôde revelar-nos o abismo de sua misericórdia de uma maneira tão simples e tão bela. (CIC - §1439)

Mergulhando também nesta infinita misericórdia, que possamos voltar ao nosso coração, reconhecendo o que hoje carregamos. O Pai quer nos acolher, quer nos abraçar, quer nos dar conforto, quer nos dar carinho, quer ser o Pai de nossas vidas. O que nos cabe agora é permitir-se ser acolhido pelo Amor.

Faça desta canção a sua oração, e deixa o Senhor abraçar-te, deixa o Senhor acolher o teu coração, deixa o Senhor matar a saudade que Ele sente de conversar contigo.

Quanto eu esperei, ansioso queria te ver
E te falar o que há em mim, já não podia me conter.
Me decidi, Senhor, hoje quero rasgar meu viver
E te mostrar meu coração, tudo o que tenho e sou.

E por mais que me falem, não vou desistir
Eu sei que nada sou, por isso estou aqui.
Mas eu sei que o amor que o Senhor tem por mim
É muito mais que o meu, sou gota derramada no mar.

Quanto tempo também o Senhor me esperou
Nas tardes encontrou saudade em meu lugar.
Mas ao me ver na estrada ao longe voltar
Num salto se alegrou e foi correndo me encontrar.


E não me perguntou nem por onde eu andei
Dos bens que eu gastei, mais nada me restou.
Mas olhando em meus olhos somente me amou
E ao me beijar, me acolheu num abraço de pai.



Kathleen Tácila
Ministra do Acolhimento

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